Gaspar promove ação especial em alusão ao agosto lilás no sábado

Atividade faz parte da divulgação de serviços disponíveis para mulheres vítimas de violência

A Prefeitura de Gaspar, através da Secretaria de Assistência Social e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) realiza no dia 27 de agosto, uma ação especial para a divulgação de serviços disponíveis à mulheres vítimas de violência, na Praça Getúlio Vargas das 9h às 12h.

A ação especial trará temas sobre os vários tipos de violência doméstica e sobre os principais canais de denúncia e apoio, o evento será aberto a toda comunidade. Durante o mês, ações serão realizadas para chamar a atenção da sociedade diante deste problema.

No decorrer do mês da campanha nacional Agosto Lilás, alusiva ao mês de conscientização sobre violência a mulher, a equipe do CREAS realizará rodas de conversa em grupo com as mulheres atendidas pelo órgão.

O mês também celebra os 16 anos da Lei Maria da Penha, que tornou mais duras as penas para violência contra a mulher. A lei existe não apenas para punir o agressor, mas para prevenir que mulheres tornem-se vítimas de violência.

Para atender a demanda de mulheres que saem de relacionamentos com traumas físicos e psicológicos, o CREAS atende vítimas de violência doméstica e promove o reconhecimento e discussão acerca das violências contra a mulher. Neste momento, são 21 mulheres acompanhadas pelo órgão.

Além de todas as ações de acolhimento ocorre um fortalecimento da autonomia, como forma de superação da situação de violência, atendimento intersetorial e articulado com demais órgãos, como saúde, segurança pública e educação. No CREAS são atendidas mulheres e até mesmo as famílias em situação de risco, que de alguma forma tiveram seus direitos violados.

Desde abril, Gaspar possui um convênio com a ONG Casa das Anas, que acolhe mulheres acompanhadas de seus filhos, em situação de risco morte ou ameaças em razão da violência doméstica e familiar, causadora de lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral. O objetivo é proporcionar a essas mulheres e filhos, vitimas da violência doméstica, condições para construir novos projetos de vida e que busquem autonomia, autoestima e superação das situações de violência. No local, as mulheres são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, além de participarem de oficinas e cursos para o retorno ao mercado de trabalho.

A violência contra a mulher é a principal forma de violação dos direitos humanos, atingindo principalmente seus direitos à vida, à saúde e a integridade física. Engana-se quem acha que a violência contra a mulher é apenas a física ou sexual, a violência contra a mulher se manifesta de diferentes formas.

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a violência contra a mulher pode ser “qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção, ocasionada pelo simples fato de a vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer tanto em espaços públicos como privado”.

Grande parte da violência que atinge as mulheres é praticada em âmbito privado, ou seja, nos próprios lares, no lugar que deveria existir uma relação de afeto respeito, existe uma relação de violência que muitas vezes é silenciada pelo ambiente familiar, e geralmente é praticada por pessoas próximas à sua convivência, como maridos, companheiros, sendo praticadas de diversas maneiras, desde agressões físicas, psicológicas e verbais.

São pelo menos cinco tipos mais comuns de violência contra a mulher e todos podem causar danos irreversíveis à vitima. São elas:

•Agressão física caracterizada por: espancamentos, empurrões, chutes, socos e demais danos corporais.

• Violência sexual, quando há o constrangimento da mulher, seja em público ou não, quando há um toque indesejado sem o consentimento da mulher e a realização sexual indesejada.

• Violência moral, caracterizada por calúnia, difamação, injúria, ou seja, situações em que o agressor fala mal da vítima

• Abuso patrimonial: quando o agressor toma posse de documentos, bens, salário ou qualquer outra propriedade que seja da vítima e que ela não consiga ter mais acesso.

• Violência psicológica que são os danos emocionais causados pelo agressor. Podem ser citadas com exemplos as ameaças, chantagens e humilhações.

Não se cale. Denuncie!
Ligue 180 ou 190, toda a denuncia é realizado de forma anônima.