Lagoa

José Henrique Flôres tinha muitas terras na Margem esquerda do rio. Comentava-se que Procópio de Souza, com fama de valentão, pressionou Flôres e conseguiu comprar 18 lotes de terras onde explorou madeira com mão de obra escrava. Procópio de Souza foi no ano de 1893 mutilado e morto pelas tropas legalistas em praça pública de Itajaí. Parte de sua propriedade foi vendida ao alemão Augusto Languer que também comprou parte de terras de Flôres, sendo demarcadas por José Elízio, de Ilhota, e negociadas por Dominguinhos, um comerciante que trabalhava em baleeiras.

As terras mais a norte eram chamadas de sertão ou sertão da Lagoa. Eram consideradas inóspitas, isto é, impróprias à habitação humana. Terrenos muito alagados, cheios de incos, com lagoas fundas, repletas de jacarés. Sobre as lagoas havia bandos de marrecos d’água. As primeiras culturas agrícolas significativas foram o café, o milho, a mandioca, a cana e o arroz do brejo.

Por volta de 1920, com a instalação da Usina de Açúcar em Gaspar, por Fontes e Cia, os canaviais expandiram-se muito em toda a área de Poço Grande e mesmo da Lagoa.

No governo de Leopoldo Schramm foram abertas valas para drenagem das terras desde o Morro Grande até o Ribeirão Pocinho. No ano de 1937 Leopoldo Schramm demarcou e vendeu as últimas terras consideradas devolutas no sertão da Lagoa.

O bairro leva o nome de Lagoa porque nos primeiros tempos da colonização esta era uma região inóspita, com áreas alagadas e com lagoas fundas cheias de jacarés.

Atualmente, o bairro Lagoa faz divisa com o município de Ilhota e com os bairros Arraial D’Ouro, Margem Esquerda e Poço Grande.