População precisa ficar atenta a caramujos gigantes

Técnicos da diretoria de Vigilância em Saúde alertam que a população precisa ficar atenta para o aparecimento dos caramujos gigantes africanos em Gaspar. A identificação e o extermínio do caramujo, que tem o nome científico de Achatina fulica, precisam ser feitos pela própria comunidade. Além de uma praga às plantações, o caramujo pode transmitir doenças graves, embora nenhum caso seja de conhecimento oficial em Santa Catarina.

O caramujo gigante africano é um molusco grande, terrestre, nativo do leste e nordeste da África. Quando adulto, atinge 15 cm de comprimento e 8 cm de largura e mais de 200 gramas de peso total. Foi introduzido recentemente no Brasil com o nome de escargot. Era vendido a um preço mais barato e contatou-se de que não era comestível. Muitas espécies foram soltas e se espalharam pelo território nacional, já que não possuem predadores.

Atualmente este molusco pode ser encontrado em 14 estados brasileiros. Está se tornando praga nas plantações. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos, e após cinco meses, os filhotes crescem e se tornam adultos, podendo também se reproduzir. O caramujo sobrevive em terrenos baldios, plantações abandonadas, sobra de construções, pilhas de telhas e tijolos. "O caramujo se reproduz o ano inteiro, mas não gosta de temperaturas extremas, de calor ou frio. Por isso que é quando o tempo fica mais ameno, acabamos percebendo a presença dele", explica o agente de endemia Alcídio Rodolfo da Silva.

O animal pode transmitir dois vermes: o angiostrogylos cantonesis é causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que pode causar até distúrbios do sistema nervoso, e o angiostrongytus costaricensis que é causador da angiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em óbito por perfuração intestinal.

Caso identifique algum caramujo gigante africano (lembrando que é muito maior do que o típico caramujo ou caracol de jardim), você pode manuseá-lo com luvas cirúrgicas e lançá-lo a um recipiente para, então, queimá-lo.  As conchas precisam ser esmagadas ou enterradas para que não se tornem sejam criadouros de larvas do mosquito da dengue ou da febre amarela. A Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Ambiental, deve ser acionada e poderá realizar novas orientações e vistorias nos locais. 

Fonte: Departamento de Vigilância em Saúde, Vigilância Ambiental, fone: 3332-2020, ramal 213

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