Gaspar Grande

É provável que a exploração da madeira e do ouro, no Ribeirão Coral de Minas, tenha atraído os primeiros homens brancos para este lugar. Há notícias de exploração de ouro em Minas, desde o início do século XVIII. Em 1860, as matas do Gaspar Grande, Garuba e Minas já eram devastadas por exploradores de madeira. A partir desta época, só existia madeira em lugares de difícil acesso, como morros altos e grotas profundas. Algumas famílias trabalharam com exploração de madeira: Deschamps, Klock, Zimmermann e muitas outras que os sucederam.

A ocupação do Gaspar Grande está ligada ao povoamento do Gasparinho, pois se tem notícias de que famílias vindas de Porto Belo, Tijucas e Camboriú estabeleceram-se no Gaspar Grande por meio de picadas entre as ruas Frei Solano e Leopoldo Schramm, bem como Gasparinho Quadro e Gaspar Grande, e entre Minas e Gaspar Grande por meio de picadas no Morro do Maneca Lourenço. Entre estas famílias encontram-se os Carvalho, Aguiar, Oliveira, de Souza Soares, da Silva, Pinheiro, dos Santos, Lemos, da Rocha, Nunes, Conceição; entre outras.

Entre os colonizadores desta área também há alguns descendentes de imigrantes alemães vindos de São Pedro de Âlcantara, entre eles os Schneider,  Krauss, Zimmermann, Muller, Isensee, Theiss, Schramm e Beiler.

Até a segunda metade do século XX, as terras de morros tinham bom valor comercial, e as planícies não atraíam os agricultores. Mas, a partir de 1917, famílias de imigrantes italianos da região de Ascurra, Ibirama e proximidades interessaram-se pelos terrenos baixos de Garuba e Gaspar Grande. Ali abriram valas de irrigação, nivelaram os quadros da terra e passaram a plantar arroz, seguindo a técnica utilizada na Itália. A partir daí, a produção de arroz irrigado expandiu-se consideravelmente. Entre os pioneiros na produção de arroz irrigado destacam-se os Mondini, Moretto, Moser, Dalla-Rosa; entre outros.

O bairro recebeu o nome de Gaspar Grande por ser essa área cortada pelo ribeirão Gaspar Grande.

Atualmente, o bairro Gaspar Grande faz divisa com o município de Blumenau e com os bairros Alto Gasparinho, Coloninha, Gasparinho, Gaspar Alto e Figueira.