Saúde orienta sobre atendimento de possíveis casos de ‘Monkeypox’

Nota técnica informa sobre identificação de casos, notificações, coletas de exames, entre outros

Mesmo sem haver casos confirmados ou suspeitos de ‘Monkeypox’ – popularmente conhecida como varíola dos macacos – a Prefeitura de Gaspar, por meio da Secretaria de Saúde, segue as orientações da Nota Técnica nº 52/2022, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE). O documento contém informações sobre identificação de casos suspeitos, formas de notificação, como deve ser realizado a coleta de exame e locais em que a população pode ser atendida.

Inicialmente, a pessoa com sintomas deve procurar uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) mais próxima de sua residência. É necessário que todas pessoas que vão até a unidade de saúde utilizem máscaras para proteção. O paciente que tiver com sintomas, será encaminhado para um lugar reservado e assim, receberá a consulta médica.

A partir do atendimento inicial, o profissional de saúde será obrigado a notificar a Secretaria do Estado e isolar o paciente imediatamente. Em seguida será realizada a coleta do material biológico e enviado para o Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) para dar seguimento à investigação epidemiológica.

A Secretaria de Saúde e Vigilância em Saúde monitora a situação da doença com foco na conscientização e preparação da equipe, além de recomendação de prevenção e controle na tomada de decisões conjuntas. “Estamos trabalhando de forma antecipada, definindo estratégias, para que quando for necessário, nossas unidades de saúde estejam preparadas pra atender a população da melhor forma possível”, comenta o secretário de Saúde, Francisco Hostins Junior.

A doença

A varíola dos macacos é transmitida, principalmente, por meio do contato com lesões na pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados. A transmissão mediante gotículas necessita de contato próximo e prolongado. O intervalo de transmissibilidade se encerra quando o paciente já não apresenta mais crostas e a pele encontra-se em processo de cicatrização.

Dentre os sintomas da doença estão febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia (aumento dos gânglios linfáticos do pescoço), calafrios e exaustão. O que vai ajudar no diagnóstico diferencial entre a varíola dos macacos e outras doenças é a detecção de linfadenopatia (ínguas), que é uma característica clínica importante na identificação do quadro.

Qualquer pessoa que apresentar início súbito de erupção cutânea aguda (alteração de textura ou cor da pele) em alguma parte do corpo (incluindo genitais), associada ou não a adenomegalia ou relato de febre, deve procurar um serviço de saúde para ser avaliado.

Confira as orientações sobre as formas de prevenção à doença:

  • Evite contato com pessoas contaminadas;
  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool gel sempre que necessário, como antes de comer e depois de ir ao banheiro, sobretudo quando estiver em locais com outras pessoas;
  • Evite o contato direto com pessoas que tenham erupções na pele semelhantes às da Monkeypox e jamais encoste nas feridas;
  • Evite o contato com roupas, lençóis, talheres, travesseiros, toalhas e quaisquer objetos usados por alguém infectado;
  • Reduza o número de parceiros sexuais,
    se máscara facial em locais com aglomeração

Fonte: https://www.dive.sc.gov.br/phocadownload/notas-tecnicas/notas-tecnicas-2022/NT52.2022.pdf

Foto: REUTERS/Dado Ruvic